No domingo, chegamos na casa do Breno para fazer comida e conversar sobre a Dandara. Entre queijo, cafezinho, pão com passas começamos. Depois chegou o Nazareth Kooker, preparou um prato de abacate com coalhada para o pão. Acabou servindo para o almoço. O Breno apresentou uma proposta de colaboração com a Kaza X. Um centro de tecnologias de construção, um espaço de troca de saberes em construção na Dandara. Essas coisas do Breno. Ele vai dar um curso, pra participar todo mundo. E esse remelexo envolve a transferência do Centro Cultural e a construção da Galeria de Arte. Não haverá projeto arquitetônico prévio. O projeto é o processo. Seu desenho é dado na medida dos materiais disponíveis.
Terreno que era da igreja, mas agora está reservado para o Centro Cultural e para a Galeria de Arte.
A Kaza Vazia não tem uma sede, uma galeria, ou um galpão. Na sua trajetória, ocupou diversos espaços que eram abandonados pouco tempo depois. Seus projetos são sempre ocupações temporárias. Apropriações de casarões abandonados (kv I, II e V), lojas comerciais (kv III), conjuntos habitacionais (kv IV), ruas (kv VI), parques (kv VII), mercados municipais (kv VII), casarões já ocupados (kv 8), apartamentos particulares (kv 613), comunidades ilegais de famílias (kv X) e arredores de instituições culturais (kv XI). Esses lugares passam a ser encarados como ideais para a produção/reflexão/mostra de arte e viram um centro de referência para incorporação das dinâmicas locais em processos artísticos, sejam elas de comércio, despejo, abandono, invasão, lutas sociais ou de passeio dominical. Por ser um grupo aberto, conta com diferentes pessoas, a cada edição, consolidando uma rotatividade de idéias, práticas e conceitos. Nesse sentido, é difícil definir uma natureza específica da Kaza Vazia, que não a de itinerância e movimento constante. Constituída por elementos flexíveis, a serem rearranjados a cada ocupação, a Kaza é a reunião de pessoas em volta de suas diferenças.
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